segunda-feira, 25 de julho de 2016

Dia 11: Carrancas

O tempo não ajudou muito em Carrancas. Chegamos debaixo de chuva no dia 05 e a chuva continuou no dia 06, que tínhamos reservado para conhecer Carrancas e visitar pelo menos uma cachoeira, já que são cerca de 70!

Matriz de Nossa Senhora da Conceição, construída em 1720.

No dia 5, jantamos num restaurante chamado Massaroca Bistrô. Eu gostei bastante do prato que pedi (era uma carne com macarrão ao molho gorgonzola). O lugar é bem aconchegante e a decoração das paredes é bem interessante. Mesmo assim, vi várias pessoas reclamando de algumas coisas como tempo de espera e qualidade do serviço no TripAdvisor, a maioria vindo das capitais Rio, São Paulo e BH. Se você procura alta gastronomia e restaurantes chiques e com super infra-estrutura, NÃO VÁ PARA CARRANCAS.
Carrancas é um município com cerca de 4.000 habitantes, em geral pessoas muito hospitaleiras mas muito simples e portanto você não vai achar um restaurante super top. E não adianta xingar muito no TripAdvisor.

Nos hospedamos na pousada Canto do Aconchego. Bem localizada, tudo muito limpo e bem arrumado e o café da manhã delicioso, com pão de queijo feito na hora e com direito a bate-papo com os donos que foram muito simpáticos.

O que há de mais legal em Carrancas é a agência de turismo Carrancas Eco Adventure. Eles têm várias opções de passeios guiados, passeio de quadriciclo, parapente, canionismo, rappel, entre outros. O dono do lugar, Oirot, foi muito gentil. Tem uma foto dele no passaporte!

Nessa mesma agência de turismo é possível carimbar o passaporte.

Carimbo de Carrancas.



Como só tínhamos um dia, escolhemos fazer o passeio pelo Complexo da Zilda e o vôo de parapente. O passeio foi um sucesso. Na hora do vôo não demos tanta sorte assim...

O passeio pelo complexo da Zilda foi excelente. Haviam dois guias com a gente, super simpáticos (infelizmente não me lembro o nome deles).

A primeira cachoeira que visitamos foi a cachoeira dos Índios, onde há uma piscina natural. Para continuar o passeio é necessário atravessar por dentro d'água, o que não foi uma tarefa tão trivial  dado que eu estava de bota e calça de moleton.
Piscina natural próxima à cachoeira dos Índios.


 Bem ao lado da Cachoeira dos Índios, há algumas pinturas rupestres que datam 3.500 anos atrás.
 Pinturas rupestres.

Trilha no passeio pelo complexo da Zilda.
Em seguida chegamos à cachoeira da Zilda. Uma bela queda d'água com um ótimo poço para os corajosos entrarem na água GELADA!


Cachoeira da Zilda


A pŕoxima parada é a cahcoeira da Proa.



Passando por uma trilha ao lado da água,  em meio a mata e caminhando sobre as pedras, chegamos ao Poço do Guatambú. O lugar é lindo e tranquilo e deve ficar ainda mais bonito em um dia de sol.

Poço do Guatambú.

No final da caminhada.


Depois do passeio o pessoal que estava com a gente ia para o canionismo, mas como havíamos agendado o vôo de parapente voltamos para Carrancas para chegar até o local do vôo. Antes tivéssemos ficado para o canionismo... Pelo menos a vista do lugar era maravilhosa!




A ideia do parapente foi ótima, o responsável pelo vôo é um cara super simpático (também não me lembro o nome dele :(), mas tudo depende da ajuda do vento, que não quis ajudar muito nesse dia. Chegamos ao local e o vento estava ótimo. Um casal foi na nossa frente e os dois fizeram ótimos vôos. As fotos dizem tudo!








Quando chegou a vez do Thales, o vento já não estava bom e o vôo não durou quase nada. Na verdade nem foi um vôo, foi uma queda controlada, por falta de vento.

Vai marido!


Altura máxima do vôo do marido. Compare com as fotos anteriores. :(

 Quando chegou a minha vez, já toda preparada para voar, o vento acabou por completo e eu tive que tirar toda a parafernalha e voltar pro hotel sem ter voado. Cara triste de cão...
Quase fui, mas não fui... :(

Combinamos de voltar no dia seguinte caso as condições de vento estivessem boas bem cedo, já que tínhamos que seguir viagem e voltar pra casa. Como o plano era chegar até Tiradentes não poderíamos demorar. O vento só ia ficar bom por volta das 10 e aí não teve jeito. O parapente ficou para a próxima oportunidade...




Dia 10: São Lourenço-Carrancas

O trecho começa em frente à Estação de Trem de São Lourenço.








A próxima parada é Caxambu, que tem como principal atrativo as fontes de água minerais descobertas em 1814 e que tornaram a cidade famosa em todo o país. Por lá, em 1748, foi erguido o templo dedicado a Nossa Senhora dos Remédios. Em torno dele se constituiu a sede da cidade. O Parque das Águas de Caxambu, com doze fontes, é um dos mais completos balneários do país.

Paramos em Caxambu apenas para carimbar o passaporte, o que pode ser feito no Parque das Águas.




Carimbo de Caxambu, que pode ser encontrado no Parque das Águas.

Depois de Caxambu, seguimos para Baependi, município de cerca de 19.000 habitantes, cujo nome  é uma referência ao rio Baependi que  o atravessa. Baependi é a cidade de Nhá Chica, a primeira leiga e negra brasileira a ser declarada beata pela Igreja Católica. A beatificação aconteceu no dia 4 de maio de 2013, em Baependi.

Filha e neta de escravos, Francisca de Paula de Jesus, conhecida por todos como Nhá Chica, nasceu em 1810, no povoado de Santo Antônio do Rio das Mortes Pequeno, um dos atuais cinco distritos de São João del-Rei. Pouco tempo depois sua família mudou-se para Baependi,  onde ela viveu até 14 de junho de 1895, data de seu falecimento. Francisca foi sepultada dia 18 de junho no interior da capela dedicada à Nossa Senhora da Conceição, mandada construir por ela.  Mulher humilde, era fervorosa devota de Nossa Senhora da Conceição, e, a pedido da mãe, passou a vida inteira a dedicar-se à prática de caridade. Leiga, foi chamada ainda em vida de "a mãe dos pobres", sendo respeitada por todos os que a procuravam, desde os mais humildes aos homens do Império. Durante 30 anos, reuniu doações para construir a capela de Nossa Senhora da Conceição, onde hoje funciona o Santuário da Conceição, em Baependi.

Igreja Matriz Nossa Senhora do Montserrat.
Igreja de Nhá Chica.

Carimbo de Baependi, que pode ser encontrado na igreja de Nhá Chica.

Veja abaixo algumas fotos do trecho Caxambu-Baependi-Cruzília.


Cruzilia-Traituba-Carrancas
A próxima parada foi Cruzília, cidade  com cerca de 15.000 habitantes, erguida numa encruzilhada da Estrada Real, daí a evolução do nome: São Sebastião da Encruzilhada, Encruzilhada e, finalmente, Cruzília. É conhecida como o Berço do Cavalo Mangalarga Marchador e dezenas de haras estão espalhados pelo município, alguns em fazendas centenárias, carregadas de histórias e cultura. A cidade também abriga o museu da raça, onde se pode carimbar o passaporte. Cruzília também é conhecida nacionalmente como a cidade do queijo fino.

Igreja matriz de Cruzília.



Em Cruzília, o passaporte pode ser carimbado no museu do Mangalarga Marchador, que fica bem próximo à igreja matriz.


 O próximo trecho começa em Cruzília e termina na Fazenda Traiutuba,  erguida em 1827 para receber D. Pedro I, em uma  visita que não chegou a acontecer.

Fazenda Traituba.


O trecho seguinte sai de Traituba e termina em Carrancas. No início do trecho é possível ver a serra de Traituba. Durante a maior parte do tempo temos também uma bela vista da serra de Carrancas.

Veja abaixo algumas fotos do trecho Cruzília-Traituba-Carrancas.


Cruzilia-Traituba-Carrancas


Chegamos em Carrancas debaixo de chuva.




Chuva!



Igreja Matriz de Carrancas.

Marco em frente à Igreja Matriz.



Fonte: Wikipedia: Caxambu, Baependi, Cruzília.

Tripadvisor.

Site do Instituto Estrada Real.

terça-feira, 19 de julho de 2016

Começando o dia 10 em grande estilo: passeio de balão em São Lourenço

 O plano inicial era sair de São Lourenço bem cedo no  dia 10 e passar algum tempo em Caxambu, mas a possibilidade de fazer um passeio de balão nos fez mudar de ideia.  E foi uma ótima mudança de planos! No dia anterior choveu muito durante a noite, mas o dia amanheceu maravilhoso e às 6 da manhã estávamos saindo rumo ao Parque das Águas, de onde saem os balões.


Os três balões que voaram no dia.








O passeio é muito gostoso, nem se sente o balão subir. Não é uma atividade de aventura, é um passeio para relaxar e curtir a paisagem. Recomendado para qualquer pessoa.
Tudo pronto!




O passeio dura mais ou menos uma hora, mas bem antes disso eles buscaram a gente no hotel para que a gente pudesse  ver todos os passos da preparação dos balões. É quase tão legal quanto o passeio.

Observando a preparação dos balões.




A equipe da Flat Balonismo é comandada pelo pai, com anos de exeperiência,  e os filhos que compartilham a paixão do pai. A impressão é que eles são realmente amam o que fazem. Foi fantástico! E pra finalizar, ainda tem um café colonial muito gostoso em uma das fazendas da região.




As fotos acima foram tiradas pelo fotógrafo da equipe, Celso Silvério. Veja abaixo mais algumas fotos dele.


Balão fotógrafo


E agora algumas das minhas fotos!


Balão

Uma das minhas fotos desse dia foi escolhida como a Foto da Semana do Instituto Estrada Real em Julho de 2015. \o/