O trecho de Carrancas a Tiradentes é um dos trechos mais bonitos. Foi também um dos mais difíceis, principalmente por causa do trecho entre São Sebastião da Vitória e São João Del Rey, que não é recomendado para carro. A que a gente não sabia e quando descobriu era tarde demais...
O primeiro trecho é de Carrancas a Capela do Saco, distrito de Carrancas. Atrás de nós estava a serra de Carrancas e à frente uma vista maravilhosa da represa de Camargos. O tempo estava bem fechado e a chuva caiu quando chegamos a Capela do Saco.
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| Vista da represa de Camargos. |
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| Capela de Nossa Senhora da Conceição do Porto do Saco foi construída provavelmente no início do século XVIII. | | |
De Capela do Saco a Caquende, é necessário atravessar a represa de
Camargos, que inundou parte da Estrada real. A travessia é feita de
balsa e custa 10 reais para carros. O ideal é ligar antes pois a
balsa pode estar inoperante. Se esse for o caso, deve-se voltar a
Carrancas para chegar a Caquende pelo asfalto.
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| Balsa na travessia para Caquende. |
Ficamos com um pouco de receio de atravessar de balsa, mas não havia motivo. A travessia é super deboas.
A
Usina Hidrelétrica de Camargos foi construída próximo ao município de Itutinga, e entrou em operação em 1960. Está localizada no curso superior do Rio Grande, entre os municípios de Madre Deus de Minas e Itutinga, em Minas Gerais.
Seu reservatório inunda uma área máxima de 50,46 km², nos municípios de Carrancas (40,26% do lago), Itutinga (9,45%), Madre Deus de Minas (17,87%), Nazareno (6,50%) e São João Del Rei (25,91%)
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Do outro lado da represa fica o povoado de Caquende. "Cá-aquem-de",
origem do nome Caquende, arraial situado no Distrito de São Sebastião
da Vitória: cá-aquém-de Capela do Porto do Saco. Caquende localiza-se à margem direita do Rio Grande a, aproximadamente, 45 km de São João del Rei.
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| Igreja de Nossa Senhora do Carmo, em Caquende. |
O próximo trecho liga Caquende a São Sebastião da Vitória, distrito de São João Del Rey.
São
Sebastião da Vitória é de um dos cinco distritos de São João
del-Rei. A origem da devoção e do nome São Sebastião aconteceu a partir
da construção da primeira capela, inaugurada em 1884. O local, segundo a
tradição oral, já tinha o nome de Vitória por causa das comemorações da
vitória na Guerra dos Emboabas. Posteriormente foi acrescentado o nome
de São Sebastião.
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| Igreja Matriz de São Sebastião da Vitória. |
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O trecho entre São Sebastião da Vitória e São João Del Rey foi bem difícil. Tivemos que atravessar várias porteiras, um rio e uma trilha difícilima (pra nós que não estamos acostumados). Sem chance de fazer esse trecho sem 4x4.
Esse detalhe não estava escrito na planilha, mas em um mapa mais recente consta a informação de que esse trecho não é recomendado para carro!!! Não havia nenhum aviso na planilha sobre a dificuldade desse trecho. Mesmo com o carro apropriado, o melhor é não passar por aqui, principlamente para quem não vai em grupo grande, como nós.
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| Passar de carro dentro do rio. Quem nunca? |
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| Nota mental: da próxima vez, fechar a porteira só DEPOIS de passar. |
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Os últimos 10,5 km deste trecho não são adequados para a passagem de carro.
Para quem estiver motorizado, portanto, a dica é passar pelo povoado do
Rio das Mortes.
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Igreja de Santo Antônio do Rio das Mortes.
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Depois de Rio das Mortes seguimos por asfalto até São João Del Rey.
Como já havíamos conhecido São Joao Del Rey em uma viagem anterior (fotos abaixo), passamos rápido apenas para carimbar o passaporte. Falaremos mais sobre a cidade em outra oportunidade.
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| Carimbo de São João Del-Rei, que pose ser retirado na secretaria de turismo. |
O próximo trecho é entre São João Del Rey e Tiradentes. Esse é o trecho mais bem conservado de todo o percurso que fizemos. O trecho é feito todo em calçamento e asfalto.
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| Ipês amarelos na saída de São João Del Rey. |
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| Santa Cruz de Minas. |
No caminho passamos por Santa Cruz de Minas e pelo Marco Zero do Projeto Estrada Real.
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| Marco Zero do Projeto Estrada Real. |
Tiradentes é um lugar especial e merece um post exclusivo! Dessa vez não ficamos muito porque já conhecíamos e precisávamos voltar pra casa logo.
Camrimbamos o passaporte, almoçamos no restaurante
Luth. Adoramos a comida, o ambiente e a carta de cervejas.
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| Imagens do restaurante Luth. Recomendamos! |
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| Carimbo de Tiradentes, que pode ser retirado noCentro Cultural Yves Alves, que fica na rua Direita. Lá também é possível retirar o passaporte. |
Aqui terminam dez dias sensacionais pela Estrada Real! Ficaram faltando ainda alguns quilômetros e três carimbos do Caminho Velho... Terminamos a viagem já pensando na próxima! ;)