segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Último dia: Carrancas-Tiradentes

O trecho de Carrancas a Tiradentes é um dos trechos mais bonitos. Foi também um dos mais difíceis, principalmente por causa do trecho entre São Sebastião da Vitória e São João Del Rey, que não é recomendado para carro. A que a gente não sabia e quando descobriu era tarde demais...


O primeiro trecho é de Carrancas a Capela do Saco, distrito de Carrancas.  Atrás de nós estava a serra de Carrancas e à frente uma vista maravilhosa da represa de Camargos. O tempo estava bem fechado e a chuva caiu quando chegamos a Capela do Saco.

Vista da represa de Camargos.





Capela de Nossa Senhora da Conceição do Porto do Saco foi construída provavelmente no início do século XVIII.



Carrancas-Tiradentes-SSB

De Capela do Saco a Caquende, é necessário atravessar a represa de Camargos, que inundou parte da Estrada real. A travessia é feita de balsa e custa 10 reais para carros. O ideal é  ligar antes pois a balsa pode estar inoperante. Se esse for o caso, deve-se voltar a Carrancas para chegar a Caquende pelo asfalto.
 


Balsa na travessia para Caquende.

Ficamos com um pouco de receio de atravessar de balsa, mas não havia motivo. A travessia é super deboas.


A Usina Hidrelétrica de Camargos foi construída próximo ao município de Itutinga, e entrou em operação em 1960. Está localizada no curso superior do Rio Grande, entre os municípios de Madre Deus de Minas e Itutinga, em Minas Gerais.

Seu reservatório inunda uma área máxima de 50,46  km², nos municípios de Carrancas (40,26% do lago), Itutinga (9,45%), Madre Deus de Minas (17,87%), Nazareno (6,50%) e São João Del Rei (25,91%).

Do outro lado da represa fica o povoado de Caquende. "Cá-aquem-de", origem do nome Caquende, arraial situado no Distrito de São Sebastião da Vitória: cá-aquém-de Capela do Porto do Saco. Caquende localiza-se à margem direita do Rio Grande a, aproximadamente, 45 km de São João del Rei.


Igreja de Nossa Senhora do Carmo, em Caquende.


O próximo trecho liga Caquende a São Sebastião da Vitória, distrito de São João Del Rey.

São Sebastião da Vitória é de um dos cinco distritos de São João del-Rei. A origem da devoção e do nome São Sebastião aconteceu a partir da construção da primeira capela, inaugurada em 1884. O local, segundo a tradição oral, já tinha o nome de Vitória por causa das comemorações da vitória na Guerra dos Emboabas. Posteriormente  foi acrescentado o nome de São Sebastião.

Igreja Matriz de São Sebastião da Vitória.
Carrancas-Tiradentes-SSB2

O trecho entre São Sebastião da Vitória e São João Del Rey foi bem difícil. Tivemos que atravessar várias porteiras, um rio e uma trilha difícilima (pra nós que não estamos acostumados). Sem chance de fazer esse trecho sem 4x4.
Esse detalhe não estava escrito na planilha, mas em um mapa mais recente consta a informação de que esse trecho não é recomendado para carro!!! Não havia nenhum aviso na planilha sobre a dificuldade desse trecho. Mesmo com o carro apropriado, o melhor é não passar por aqui, principlamente para quem não vai em grupo grande, como nós.

Passar de carro dentro do rio. Quem nunca?

Nota mental: da próxima vez, fechar a porteira só DEPOIS de passar.




Carrancas-Tiradentes-SSB3


Os últimos 10,5 km deste trecho não são adequados para a passagem de carro. Para quem estiver motorizado, portanto, a dica é passar pelo povoado do Rio das Mortes.

Igreja de Santo Antônio do Rio das Mortes.
 




Depois de Rio das Mortes seguimos por asfalto até São João Del Rey. Como já havíamos conhecido São Joao Del Rey em uma viagem anterior (fotos abaixo), passamos rápido apenas para carimbar o passaporte. Falaremos mais sobre a cidade em outra oportunidade.


São João


Carimbo de São João Del-Rei, que pose ser retirado na secretaria de turismo.


O próximo trecho é entre São João Del Rey e Tiradentes. Esse é o trecho mais bem conservado de todo o percurso que fizemos. O trecho é feito todo em calçamento e asfalto.


Ipês amarelos na saída de São João Del Rey.
Santa Cruz de Minas.
No caminho passamos por Santa Cruz de Minas e pelo Marco Zero do Projeto Estrada Real.

Marco Zero do Projeto Estrada Real.




Tiradentes é um lugar especial e merece um post exclusivo! Dessa vez não ficamos muito porque já conhecíamos e precisávamos voltar pra casa logo.
Camrimbamos o passaporte, almoçamos no restaurante Luth. Adoramos a comida, o ambiente e a carta de cervejas.









Imagens do restaurante Luth. Recomendamos!

Carimbo de Tiradentes, que pode ser retirado noCentro Cultural Yves Alves, que fica na rua Direita. Lá também é possível retirar o passaporte.


Aqui terminam dez dias sensacionais pela Estrada Real! Ficaram faltando ainda alguns quilômetros e três carimbos do Caminho Velho... Terminamos a viagem já pensando na próxima! ;)


segunda-feira, 25 de julho de 2016

Dia 11: Carrancas

O tempo não ajudou muito em Carrancas. Chegamos debaixo de chuva no dia 05 e a chuva continuou no dia 06, que tínhamos reservado para conhecer Carrancas e visitar pelo menos uma cachoeira, já que são cerca de 70!

Matriz de Nossa Senhora da Conceição, construída em 1720.

No dia 5, jantamos num restaurante chamado Massaroca Bistrô. Eu gostei bastante do prato que pedi (era uma carne com macarrão ao molho gorgonzola). O lugar é bem aconchegante e a decoração das paredes é bem interessante. Mesmo assim, vi várias pessoas reclamando de algumas coisas como tempo de espera e qualidade do serviço no TripAdvisor, a maioria vindo das capitais Rio, São Paulo e BH. Se você procura alta gastronomia e restaurantes chiques e com super infra-estrutura, NÃO VÁ PARA CARRANCAS.
Carrancas é um município com cerca de 4.000 habitantes, em geral pessoas muito hospitaleiras mas muito simples e portanto você não vai achar um restaurante super top. E não adianta xingar muito no TripAdvisor.

Nos hospedamos na pousada Canto do Aconchego. Bem localizada, tudo muito limpo e bem arrumado e o café da manhã delicioso, com pão de queijo feito na hora e com direito a bate-papo com os donos que foram muito simpáticos.

O que há de mais legal em Carrancas é a agência de turismo Carrancas Eco Adventure. Eles têm várias opções de passeios guiados, passeio de quadriciclo, parapente, canionismo, rappel, entre outros. O dono do lugar, Oirot, foi muito gentil. Tem uma foto dele no passaporte!

Nessa mesma agência de turismo é possível carimbar o passaporte.

Carimbo de Carrancas.



Como só tínhamos um dia, escolhemos fazer o passeio pelo Complexo da Zilda e o vôo de parapente. O passeio foi um sucesso. Na hora do vôo não demos tanta sorte assim...

O passeio pelo complexo da Zilda foi excelente. Haviam dois guias com a gente, super simpáticos (infelizmente não me lembro o nome deles).

A primeira cachoeira que visitamos foi a cachoeira dos Índios, onde há uma piscina natural. Para continuar o passeio é necessário atravessar por dentro d'água, o que não foi uma tarefa tão trivial  dado que eu estava de bota e calça de moleton.
Piscina natural próxima à cachoeira dos Índios.


 Bem ao lado da Cachoeira dos Índios, há algumas pinturas rupestres que datam 3.500 anos atrás.
 Pinturas rupestres.

Trilha no passeio pelo complexo da Zilda.
Em seguida chegamos à cachoeira da Zilda. Uma bela queda d'água com um ótimo poço para os corajosos entrarem na água GELADA!


Cachoeira da Zilda


A pŕoxima parada é a cahcoeira da Proa.



Passando por uma trilha ao lado da água,  em meio a mata e caminhando sobre as pedras, chegamos ao Poço do Guatambú. O lugar é lindo e tranquilo e deve ficar ainda mais bonito em um dia de sol.

Poço do Guatambú.

No final da caminhada.


Depois do passeio o pessoal que estava com a gente ia para o canionismo, mas como havíamos agendado o vôo de parapente voltamos para Carrancas para chegar até o local do vôo. Antes tivéssemos ficado para o canionismo... Pelo menos a vista do lugar era maravilhosa!




A ideia do parapente foi ótima, o responsável pelo vôo é um cara super simpático (também não me lembro o nome dele :(), mas tudo depende da ajuda do vento, que não quis ajudar muito nesse dia. Chegamos ao local e o vento estava ótimo. Um casal foi na nossa frente e os dois fizeram ótimos vôos. As fotos dizem tudo!








Quando chegou a vez do Thales, o vento já não estava bom e o vôo não durou quase nada. Na verdade nem foi um vôo, foi uma queda controlada, por falta de vento.

Vai marido!


Altura máxima do vôo do marido. Compare com as fotos anteriores. :(

 Quando chegou a minha vez, já toda preparada para voar, o vento acabou por completo e eu tive que tirar toda a parafernalha e voltar pro hotel sem ter voado. Cara triste de cão...
Quase fui, mas não fui... :(

Combinamos de voltar no dia seguinte caso as condições de vento estivessem boas bem cedo, já que tínhamos que seguir viagem e voltar pra casa. Como o plano era chegar até Tiradentes não poderíamos demorar. O vento só ia ficar bom por volta das 10 e aí não teve jeito. O parapente ficou para a próxima oportunidade...